No Senado, ministro fala sobre providências contra fraudes do INSS

Em audiência marcada por trocas de acusações entre senadores de oposição e governistas, o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, depôs nesta quinta-feira (15/5) na Comissão de Fiscalização e Controle da Casa sobre o escândalo que envolve o Instituto Nacional da Previdência Social (INSS), com descontos indevidos de aposentados e pensionistas. Ele chegou a dizer que é favorável a uma CPI para investigar o esquema, mas mostrou preocupação com a possibilidade disso atrasar o ressarcimento das vítimas.

O chefe da pasta prometeu “apurar até as últimas consequências” as fraudes nos débitos irregulares e garantiu que “nenhuma associação dessas, e tem 41 no total, nenhuma vai ficar livre dessa investigação”. Ele fez a promessa ao reagir a cobrança do senador Rogério Marinho (PL-RN) sobre entidades que estariam sendo poupadas neste momento, como o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi), entidade que tem como vice-presidente Frei Chico, irmão do presidente Lula (PT).

O ministro prometeu ainda que “os ladrões” vão pagar pelo ressarcimento às vítimas. O governo já notificou pouco mais de 9 milhões de pessoas que tiveram descontos de associações para perguntar se eles reconhecem esses descontos ou se foram vítimas de fraude.

“O presidente Lula determinou que fraudadores serão os responsáveis pelo ressarcimento dos aposentados. Já conseguimos identificar e bloquear R$ 2,5 bilhões e esperamos que as investigações em curso consigam encontrar mais dinheiro e mais patrimônio para incorporar”, disse ele. “Quem pagará os aposentados serão os ladrões e não a população”, insistiu.

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