Trump afirma que há 'genocídio de brancos' na África do Sul; juiz sul-africano rejeita alegação como "irreal"

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou recentemente que está ocorrendo um "genocídio de brancos" na África do Sul, referindo-se a supostos ataques sistemáticos contra fazendeiros brancos no país africano. Essa afirmação foi utilizada para justificar a concessão de asilo a um grupo de sul-africanos brancos, conhecidos como afrikaners, que chegaram aos EUA nesta semana.

No entanto, autoridades sul-africanas e especialistas internacionais refutam veementemente essa alegação. Em fevereiro deste ano, um tribunal sul-africano rejeitou a ideia de um "genocídio branco" no país, classificando-a como "claramente imaginária" e "irreal". A decisão ocorreu durante um processo judicial que envolvia a tentativa de um cidadão sul-africano de deixar sua herança para um grupo supremacista branco, o Boerelegioen. O tribunal invalidou o testamento, destacando que as alegações de genocídio não têm fundamento na realidade.

O governo sul-africano também se manifestou contra as declarações de Trump. O ministro das Relações Exteriores, Ronald Lamola, afirmou que não há evidências de perseguição sistemática contra brancos no país e que as políticas de reforma agrária visam corrigir desigualdades históricas sem discriminação racial.

A comunidade internacional observa com preocupação a propagação de narrativas infundadas que podem inflamar tensões raciais e desinformar a opinião pública. Especialistas alertam que a disseminação de teorias conspiratórias, como a do "genocídio branco", pode ter consequências graves para a coesão social e a estabilidade internacional.

📌 Fontes: BBC News, Folha de S.Paulo, Expresso

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